Antes de desembarcar em Budapeste tracei um pré roteiro para seguir. Porém, essa cidade tem encantos que nos fazem fugir desses roteiros definidos. O melhor de todos é passear entre os húngaros, turistas, monumentos, ruas e pontes sem pressa e mesmo que num frio um pouco diferente de outros lugares mais badalados da europa.
O mais dificil no inicio foi me localizar geograficamente, uma vez que a cidade se divide entre Buda e Peste, ambas margeadas pelo rio Danúbio. Optei por me hospedar no lado Peste, pois, reúne lojas, restaurantes, museus, centro comercial e os principais atrativos. Já o lado Buda reúne a parte histórica da cidade.
Budapeste tem muito a oferecer ao turista. São pelo menos 200 museus, 200 monumentos, castelos, igrejas, sinagogas, além dos famosos banhos terapêuticos. São três cidades em uma só - Buda, Óbuda e Peste - existentes há mais de mil anos, mas que se juntaram há 120 anos. A ponte das Correntes, considerada o cartão postal da cidade e construída no sec XIX faz a ligação entre as três cidades.
Meu city tour começou logo cedo, pois, eu tinha apenas dois dias na capital dos SPA's.
Preferi começar pelo lado Peste, já que eu estava localizada naquela região. Peguei um mapinha no hotel e segui para o centro da cidade. Comecei caminhando por uma linda, chique e preservada avenida, conhecida como Andrassy que é uma das principais avenidas de Budapeste. No final existe um lindo parque onde fica a famosa Praça dos Heróis em homenagem aos heróis húngaros. Nessa mesma região é possível avistar o Castelo Vajdahunyad com uma arquitetura em estilo gótico e barroco. Cercado por árvores e um lindo lago, o castelo possui alguns museus e lojas de souvenirs.
Após passar pelo Teatro da Ópera que foi construído no final de XIX e pelo Parlamento, o maior edificio da Húngria, localizado na margem do Danúbio, segui para a famosa Catedral São Estevão. A maior igreja de Budapeste, reúne reliquias mais importante da Hungria, santos húngaros entre eles a mão direita embalsamada do rei Estevão, conhecido como Santo Estevão. Além da visita interna, também é possível subir na cúpula da Catedral e admirar o belo visual da cidade. Vale a pena. Continuei meu city tour passando pela ponte Margarida que leva para o lado Buda. Fiquei encantada com o palácio de Buda, um monumento lindissimo. Aliás tudo em Budapeste é muito bonito e bem preservado. Logo vi o Castelo Real, também conhecido como castelo de Buda que foi erguido no séc XIV. O castelo foi destruído durante a segunda guerra mundial e serviu de residência húngara durante 700 anos. Hoje é um dos atrativos mais visitados na capital húngara. É possível conhecer a parte interna do castelo e seus acervos principais. Suba até o topo do castelo, o visual é espetacular. Tive a sorte de ser contemplada com belo entardecer. Mesmo sentindo muito frio durante o meu tour, aquele belo sol durante a tarde deixou minha visita em Budapeste ainda mais inesquecível.
Um passeio bem interessante é a parte subterrânea do castelo. Dá um pouquinho de medo, pois, são túneis que serviram de esconderijo na época da guerra. São caves que nos lembram labirintos que não acabam mais, porém tudo muito bem sinalizado. O atrativo principal é uma fonte de pedra que jorra vinho.
Próximo ao castelo, fica a Igreja de São Mathias. Infelizmente a maior parte da igreja não existe mais, pois, os turcos a transformaram numa mesquita. Mesmo assim é possível ver a belíssima construção arquitetônica com os telhados coloridos. Dentro da Igreja fica o mausoléu do Rei Bela III e o de sua esposa. Para completar o agradável passeio nada melhor que contemplar o visual do mirante São Geraldo. E que belo visual.
Encerrei o meu city tour com um romântico passeio pela ponte iluminada que liga Buda e Peste. Não consegui fazer o passeio de barco pelo rio Danúbio. Mas, caminhar pela ponte também é uma ótima atração.
Acordei bem cedo para aproveitar meu último dia na linda Budapeste. Ainda restavam alguns passeios interessantes, portanto eu só puder escolher conhecer a maior Sinagoga da Europa. Optei por esse passeio, pois, uma amiga me indicou. Para chegar no local é só pegar o metrô e descer na estação Astória. Fiquei impressionada com o tamanho. A sinagoga comporta três mil pessoas, sendo 1492 assentos para homens e 1472 para mulheres. O interior reúne mosaicos que representam símbolos dos 12 filhos de Jacó e das 12 tribos. O templo possui relíquias judaicas, fotos do período nazista e homenagens aos 600 mil judeus mortos no Holocausto. Evite visitar a sinagoga com roupas que deixem ombros e pernas a mostra. É proibido esse tipo de traje. Ao sair da sinagoga segui para o hotel para experimentar um dos banhos thermais, uma vez que a Hungria é famosa pelas suas termas. Existem vários locais próprios para banho e o mais famoso é no Hotel Gellért. Outro hotel com ótimas piscinas é o Sofitel Maria Dorotthya que possui uma linda vista para o Palácio de Buda e o rio Danúbio. Outra recomendação para experimentar os banhos é na ilha Margit Sziget, no meio do rio, onde tem um hotel bem conceituado e famoso por suas termas e um ótimo restaurante que serve o melhor o fígado de ganso da cidade (iguaria especial da Hungria).
Não deixe de percorrer a ponte das Correntes. O cenário fica ainda mais bonito com um belo pôr do sol na margem do rio Danúbio. O passeio se torna ainda mais romântico com uma bela companhia.
Eu visitei os principais atrativos utilizando o metrô ou fazendo uma bela caminhada pela cidade. Como eu adoro caminhar pelas ruas das cidades européias, não me importo com a distância entre um local e outro, portanto, se você não tem muita paciência para gastar a sola do sapato, o ideal é utilizar metrô ou bondes. O metrô foi construído na Europa Continental, portanto alguns vagões no lado Pest são bem antigos e com uma arquitetura bem interessante.
Uma ótima viagem pela Europa Central.
Ai, Budapeste que saudadessssss.
Quem sabe te vejo em breve!!!